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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Curso de Técnica Vocal Aula 3

Curso de Técnica Vocal
Aula 3
Dicção e exercícios para o controle do ar


 Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo:
Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as frases longas das canções.
Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou.
Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana
Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura.
Você pode também cantar os vocalises articulando bem as vogais e consoantes, usando sílabas como:
· TRA, TRE, TRI, TRO, TRU

· BLA, BLE, BLI...
· LARA, LERA...
· VINE...VIVIU
· AU...AI...AÊ...ÓI
· NAU...NOIM...
· enfim, invente e articule!

Um bom exercício para "amaciar" e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de "humm".
2a. voz: A segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine.

Você pode treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco, procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando.
Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso.Se você der uns soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural.
Usando o microfone
Muita gente fica inibida com o microfone, mas para nós, cantores populares, ele é nosso grande aliado. Com ele utilizamos menos força física, podemos lapidar a emissão vocal tirando ou colocando graves, médios e agudos, se a mesa de som for boa. É bom que você se acostume a ser seu próprio técnico, ou ao menos ter uma noção, pois há lugares em que você vai se apresentar que não dispõem de um técnico para o som.


Para isso, plugue o microfone e vá treinando, falando ou cantando, e mexendo nos botões de graves, médios, agudos e no "reverb", o eco. Quando estiver cantando, afaste um pouquinho o microfone quando for emitir agudos ou quiser colocar mais força física e emocional, não afaste demais a menos que tenha uma baita potência vocal e quiser mostrá-lo. Nos graves, aproxime-se mais do microfone. Deixe sempre a boca próxima, mas não grudada.

Cuidado com as palavras com a letra "P", que produz aquele "puff" incômodo, e o "S". Não exagere nas terminações porque ele sibila. No mais, é treinar e se ouvir.
O repertório
Bom, isso vai do gosto de cada um e depende do que você pretende com a música. A maioria das pessoas começa cantando na noite, em bares, ou numa banda que monta com os amigos. Agora, com o videokê, muita gente se descobre também. No princípio a maioria canta ou toca por hobbye, mas existem aqueles que já nascem sabendo que serão músicos profissionais, que estudam desde cedo e já sabem o que querem como músicos, outros descobrem-se mais tarde e outros tem sempre a música como lazer.

Onde você se encaixa? O trabalho com banda é muito legal, pois você aprende a trabalhar em grupo e a conhecer os outros instrumentos. Aí é ensaiar e conseguir lugar para tocar. O trabalho de voz e violão ou teclado é mais intimista, sozinho ou em duplas, ou ainda acrescentando a percussão, ou flauta, fica bom e mais fácil de arrumar trabalho, pois com o videokê diminuíram os espaços para música ao vivo.

Em bares, geralmente faz-se duas ou três entradas de cinqüenta minutos, ou quarenta. Descansa-se quinze minutos nos intervalos.

Isso é muito cansativo para o cantor principalmente, a produção da voz é um trabalho físico e emocional que libera muita energia, você deve tomar bastante água natural na temperatura ambiente, antes, durante e depois de cada entrada, para repor os sais perdidos, siga os passos de "aquecimento, etc e higiene vocal". Nos intervalos coma algo leve,uma maçã, uma barra de cereal,que é calórica e não pesa no estômago. Em cada entrada você canta mais ou menos 10, 12 músicas, depende de como as canta, se repete a canção, se o músico sola. A média para 50min são doze músicas.

Se você faz apenas um show, em teatro ou outro espaço, a média da apresentação é de uma hora ou pouco mais, uma hora e vinte. Aí você escolhe umas quinze músicas, pensa nos arranjos, nos solos.

Em videokê você fica limitado ao repertório do local, e deve tentar colocar a música num tom adequado para sua voz, tem lá os comandos que abaixam e levantam os tons, vá tentando, até chegar no mais confortável pra você, testando graves e agudos. Comece tendo um repertório de no mínimo trinta músicas, isso vale pra todos, pra você poder variar, e já as tenha nos tons adequados para sua voz, trabalhe com o músico que o acompanha, o violonista ou tecladista para descobrir esses tons. Já o trabalho próprio é diferente.

Sozinho ou em banda, você tem que acreditar muito em sua música e batalhar para conseguir ser ouvido, pois a maioria das pessoas, como diz um amigo meu, "aplaude a própria memória", ou seja, aplaude aquilo que já conhece, é claro que isso não é uma regra, mas a maioria quer ouvir o que é conhecido. Mas se você pensar que, para aquela canção ter se tornado conhecida, precisou que alguém se dispusesse a ouvi-la primeiro, isso também pode acontecer com a sua. Uma boa dica é mesclar, colocar um pouco de músicas conhecidas e ir intercalando com as suas, até que as suas fiquem conhecidas. Ou se você tem um bando grande de amigos, levá-los sempre que pode para seus shows de canções próprias. O importante é saber que o meio musical é difícil, mas não impossível, é preciso acreditar, estudar e trabalhar muito, ter objetivos bem claros e direcionar-se para eles. Também procure a sua turma, há bares e espaços para todo tipo de música, aproxime-se do que combina com você, com suas idéias e sua música.

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